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  • Foto do escritorDaniel A. Mello

Vias de acesso em Artroplastia

Atualizado: 7 de jul. de 2020

Hoje vou falar um pouco sobre novos acessos em Artroplastia total de Quadril. Como alguns já sabem, acesso é uma maneira técnica de dizer aonde a pele do paciente será “cortada”. Mas mais do que a pele, os acessos englobam também tecidos mais profundos. Sendo assim, gordura, músculos, tendões, ligamentos, nervos e vasos fazem parte desses tecidos.

Cada vez mais damos importância a musculatura. Quanto menos músculos “cortamos” nas cirurgias de artroplastia, mais perto da anatomia estamos. Dessa forma, o paciente sente menos dor e incômodo no Pós Operatório. Para acessar um quadril, temos dois caminhos principais: pela frente, ou anterior, ou por trás, posterior.


Acessos anteriores


Temos dois principais: o lateral, chamado de Hardinge, que tem como principal complicação o fato de 10% dos pacientes ficarem “mancando” por 1 ano; o anterior direto, um acesso que tem ganhado popularidade recentemente. Esse acesso permite uma reabilitação precoce, mas apresenta um alto grau de dificuldade técnica, sendo que o cirurgião precisa fazer mais de 50 cirurgias de artroplastia para ganhar confiança.


Acessos posteriores

Temos dois principais, parecidos entre si: o póstero-lateral, chamado de Gibson ou Kocher, e o acesso superior, chamado de SuperPath.


No acesso póstero-lateral são desinseridos um grupo de músculos chamados de rotadores externos. Esses são responsáveis por rodar o nosso pé para fora. Antigamente havia mais próteses saindo do lugar por essa via, porém, atualmente, não há mais diferença estatística entre as vias nesse quesito. É um acesso muito seguro, sendo que eu o utilizo com muita frequência, principalmente em casos mais complicados.


Acesso SuperPath: é uma variação do acesso póstero-lateral, porém feito sem a desinserção dos rotadores externos. Existe uma série de instrumentais que facilitam a implantação da prótese, com menos agressão. Dessa forma, o paciente sente muito menos dor nos primeiros meses de pós operatório, ganhando confiança mais rápido. Normalmente o paciente anda no mesmo dia que fez a cirurgia, podendo ter alta no dia seguinte.


Converse sempre com o seu médico sobre vias de acesso e sobre qual prótese será colocada. Se for possível fazer a mesma cirurgia de um jeito menos invasivo, vale a pena. Quanto mais preservamos a anatomia padrão dos nossos corpos, menos dor e menos desconfortos temos no pós operatório, otimizando o resultado da cirurgia.


Obrigado

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